sexta-feira, 23 de abril de 2010


Sobre engenheiros e Burros II

Com a iminência de novos investimentos nos ramais do Estado do Acre, venho outra vez manifestar meu repudio a forma como os técnicos de gabinetes planejam a recuperação destes, pois a meu ver muito se tem investido no que se diz respeito a recuperação de ramais e quem reside na zona rural não tem visto muita diferença na qualidade dos mesmos. Não sou estúpido, reconheço que a frente popular tem sido extremamente competente quando da disponibilização do recurso, mas qualquer um pode verificar que a mesma competência não se aplica quando da licitação e acompanhamento dos serviços ,não há fiscalização e se há , eh vergonhosamente incompetente qualquer duvida basta percorrer a extensão do ramal boa União, e empresa vencedora da licitação(se He que não sublocou o serviço) prestou um deserviço a população , desconsiderou as peculiaridades geoclimaticas locais (ou será que foram os engenheiros do DERACRE , o fato He que mais de HUM MILHÃO de reais foram desperdiçados, agora tem mais dinheiro e, o nosso Ramal que já foi contemplado e continua a mesma porcaria esta fora, gostaria de saber a opinião dos chamados representantes do povo , desde que não representem as Empresas. Bem... segue o texto.
Certa vez dois rapazes recentemente formados em engenharia, foram contratados para construir um ramal e lá estavam medindo , anotando as observações numa prancheta. Após duas horas um matuto que a tudo observava interpelou: - ê moço que qui ocês tanto mede e anota ai? E os rapazes: - É que somos engenheiros e estamos procurando o melhor lugar pra fazer uma estrada de barro...e istrada é camim? Tecnicamente sim e o matuto ora num é assim qui nois fais isso aqui não sinhô e como é? perguntaram os engenheiros respondeu o matuto: nois sorta um BURRO e por onde o BURRO vai é o mio lugar .Olhando um para o outro os engenheiros perguntaram: e quando não tem Burro como é que vocês fazem? E o matuto: ai nois chama oceis o engenheiros né?
O gracejo acima é obra de ficção mas poderia servir pelo menos como reflexão para os responsáveis pela recuperação dos ramais de Senador Guiomard; a obra de engenharia desconsiderou a caudalosidade dos mananciais locais. Além do aterro insuficiente, da saída da água é inadequada, em alguns lugares onde havia um bueiro de 2mt. De diâmetros, eles o substituíram por manilhas de 1m³, reduziram a vazão em 50% como resultado de tudo isso o que temos está manifestado em bueiros arrebentados, valas imensas, água corrente no meio do ramal e verdadeiros atoleiros.
Um outro ponto a ser considerado é o revestimento primário, em média 4cm. a falta de compactação associada a chuvas, já retirou a pouca “piçarra” cascalho do ramal ( em alguns lugares), para piorar iniciaram a construção de algumas pontes e não concluíram. Agora um ponto grave apesar da fartura de madeira resistente à água, os pilares das pontes foram feitos de cumaru cetim madeira frágil e pouco resistente à água .
A maior dificuldade, no tocante a educação é o acesso à escola, o ramal é ruim nem professores nem alunos conseguem chegar à escola, o que compromete o ano letivo. Existe um veiculo para fazer o transporte de escolares, mas sem ramal, esse serviço fica comprometido e a qualidade do ensino também. Um esforço conjunto e um pouco de seriedade dos órgãos gestores e fiscalizadores poderia amenizar a situação ou até resolvê-la; enquanto as empresas se beneficiam do dinheiro público, os órgãos responsáveis pela fiscalização fecham os olhos , o poder publico compra gato por lebre e o homem do campo continua isolado, eu disse isolado e não alienado ,estamos de olho e saberemos cobrar na hora certa.

Mario Marcelo Rodrigues da Costa
Morador do Assentamento Petrolina
Rato branco

Pelo Brasil afora, existem inúmeras obras inacabadas, abandonadas e, sem nenhuma chance de que um dia venham a funcionar , (são os chamados elefantes brancos) são bilionárias as somas de recursos públicos jogados pelo ralo quer pela estupidez ou sonhos insanos de loucos que infelizmente passaram pelo poder e deram vazão a seus delírios as custas do sofrimento do povo mais humilde. Bem - o quinari , sue generis e lócus de jocosidades peculiares dos loucos de aqui, não tem elefantes brancos, mas , para não fugir a regra e, guardando as devidas proporções, tem RATOS BRANCOS. A exemplo das fabricas de polpas de frutas , rações ... , mas quero me ater a um outro rato branco. Me refiro a algumas construções de 2x3 m, de cor branco e verde, cercado de ripinhas e tela, destinados a receber leite , segundo consta, para facilitar a vida do produtor de leite.
Sho não entendi ainda porque a obra não foi ainda concluída jha que as dimensões são menores que um banheiro e esta em construção a mais de um ano, me pergunto se os mais de $ 14.000 (quatorze mil reais )são insuficientes para a execução. Ao que parece o tal Balde cheio (e o nome do programa) ta furado, pois ate o momento não passou da metade, quero destacar o papel de um cidadão que tem muito boa vontade e fez o que pode para que o tal balde cheio desse certo (FELIPE)