quinta-feira, 9 de julho de 2009

Considerações sobre o ato de ensinar

Considerações sobre o ato de ensinar

Muito se questiona sobre a qualidade da “educação pública” por esse mundo afora e, apesar dos discursos apaixonados e de teorias diversas, o problema da qualidade ou falta dela, persiste. Eu, igual a muitos educadores também me questiono mas, diferente de muitos não abraço uma teoria ou outra. Acredito que aprendizagem de qualidade depende de um conjunto de fatores e dentre eles prepondera a “boa relação do profissional do ensino com o ensino; Com a aprendizagem; com a ensinagem. É primordial que haja alguém disposto a aprender e alguém disposto a ensinar e lógico um currículo previamente estruturado.
Quando me refiro a alguém disposto a ensinar, me refiro a um profissional que acredite que existem várias formas de ver o mundo, de ensinar, de aprender, de construir significados, que acredite que cada individuo aprende em um tempo só seu, que as pessoas não vem em série e que respeite dentro do coletivo o individual que ensine a refletir sobre as perguntas ao invés de ensinar respostas. Para isso, eu vejo um professor que sabe muito, pois acredito que só quem sabe alguma coisa é capaz de ensinar ou ajudar a construir nossas estruturas de saberes ou conhecimentos; um professor que acredite que o seu semelhante é capaz de aprender e que aprender e ensinar não é possível sem organização, pois a ausência de regras não forma o caráter posto que aprendizagem é um todo organizado e que sem uma linha diretriz de organização não há aprendizagem significativa. No Acre, o Governo em um gesto de grandeza instituiu a política de “formação” do profissional do ensino .Diga-se de passagem , algo inédito no Brasil. Fica a pergunta : após a conclusão dos cursos superiores oferecidos gratuitamente pelo Governo do Acre os Mestres estarão formados ou meramente titulados¿

Mario Marcelo Rodrigues da Costa
Especialista em Currículo e avaliação
Pela Universidade Federal do Acre

Um comentário:

  1. Mário!

    Meu companheiro, ensinar é dom, não deveria ocupar essa função quem o faz por opção de emprego. E nosso estado é assim, a uma demanda muito grande de quem quer trabalhar e precisa, que são absorvido pela máquina pública. Quem ensina pelo dom, faz que quem não goste, passe a gostar. Esse professor é formador de cidadão.

    Sobre sua rica participação no meu cafofô sobre o tema que lá expus, eis meus agradecimentos:

    A todos meus amigos que aqui deixaram seus ricos pensamentos:

    Será que imaginava-mos que depois de várias conquistas seria-mos reféns de uma nova ditadura? Onde somos obrigados a votar para eleger um congresso que só vê o poder? Que não aceitam o presidente humilde eleito pelo povo e fazem de tudo para dificultar as coisas? Talvez seja por ele ser, jenuinamente o que que restou daqueles tempos.

    Abrigados a todos que me visitam!!!

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